segunda-feira, 25 de julho de 2011

Ela era uma menina normal, não tinha nada de tão importante em seu físico, o que a fazia incomum era seu jeito e suas palavras... Ela não era feliz, talvez nunca tivesse sido, não sei mas parecia que o destino tinha a esquecido, esquecido de fazer-la feliz, de mostrar a ela algo de bom.

Foi obrigada a esquecer amores, a vivenciar dores, suportar desamores, via a vida escorrendo por dentre seus dedos e nada podia fazer.

O destino nos leva, ou nos deixa em algum lugar, ele havia a deixado no pior lugar possível, na forma mais visível da amargura e do desgosto. Ela vivia de lembranças de amigos, de pessoas que talvez nunca tenham existido, as pessoas amadas foram tiradas dela aos poucos, ela vivia sozinha em um mundo apenas dela, simplesmente esperando algo a leva-lá de lá, para sempre.

domingo, 10 de julho de 2011

A casinha.


As pessoas passam em sua vida para deixar marcas, elas chegam de maneiras diferentes, vão construindo sua casinha dentro dos corações, vão marcando a memória, começam a fazer diferença, arrumam um lugar dentro de ti enorme, tomam espaço, ficam tempo indeterminado e em um simples dia se vão.

Parece ser a lei da vida, tudo vai um dia, vai sem avisar, sem se despedir, simplesmente some das nossas vistas, tão normal como uma folha caindo de uma árvore no outono, a diferença é que quando alguém sai de nossas vidas acaba deixando a casinha bagunçada, os sentimentos espalhados e mal cuidados.

Demora um tempo para limpar tudo, organizar, não dá para deixar tudo como era antes e por tudo no lugar, mas com calma tudo se organiza, tudo arruma um novo lugarzinho, embora isso traga um pouquinho de dor. Ás vezes a casinha vai parecer apertada, vai aparecer saudade batendo em sua porta, as marquinhas vão começar a voltar e a latejar, mas logo vai passar e voltar e passar e voltar, infinitas vezes.